sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sobre AJOTE, ACIJ e AJOPERME

Eu sou um entusiasta do trabalho da AJOTE (Associação Joinvilense de Teatro, aqui). A entidade é uma referência no trabalho associativo da classe artística local. Por isso, tentei fomentar o debate sobre o evento #Ocupacidadela e o Manifesto do Cena 11 (aqui). 

Espero que o debate seja entendido como algo político e não seja levado para “picuinhas” e afins.

Lendo a coluna Orelhada (06/02) fiquei meio de cara com a notícia:

Ainda não é a colheita dos frutos, mas pode-se dizer que as sementes começaram a germinar. É que foram bem satisfatórias os encontros dos líderes da Associação Joinvilense de Teatro (Ajote) com vereadores, Fundação Cultural e Convention Bureau, agendados com base no manifesto em prol da cultura joinvilense divulgado em dezembro. Na reunião com a FCJ, o presidente Rodrigo Coelho informou que está sendo preparada uma cartilha que incentivará as empresas locais a se voltarem aos produtores por meio da Lei Rouanet. O mesmo se deu na Câmara, onde o vereador Fábio Dalonso sugeriu uma moção, a ser entregue a CDL, Ajorpeme e Acij, pedindo aos associados destas entidades que olhem com carinho a arte feita em Joinville. Aliás, reuniões com essas siglas também estando sendo agilizadas. Já o Convention Bureau se comprometeu a reforçar a inclusão dos eventos culturais no aplicativo Visit Joinville, mais voltado aos turistas, mas um bom canal de consulta para qualquer cidadão.
- Avaliamos que nosso manifesto tenha ajudado essas ações a começarem a sair do papel – diz Cassio Correia, presidente da Ajote, lembrando que a força-tarefa não é somente pelo teatro, mas representa coletivos de todas as áreas da cultura joinvilense.

Na minha timeline encontrei vários comentários elogiosos para ação do vereador Fábio Dalonso, o defensor da ditadura (quem acompanhou o debate sobre a Comissão Municipal da Verdade está por dentro.), e do Piu-Piu, presidente da Fundação de Entretenimento de Joinville.

A abertura da classe empresarial para “incentivar” a produção teatral local por meio da isenção fiscal é a saída para alimentação de uma cena teatral local?

A ação que saiu do papel é o mesmo que já rola no Brasil!  Então, eu pensei que a reivindicação era por políticas públicas.

Ninguém lembrou o quanto o modelo da Lei Rouanet é perverso e censura produções experimentais, questionadoras e que tocam com os dez dedos nas feridas?  


É hora de “humanizar” o capital da elite joinvilense? 

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