Eu sou um entusiasta do trabalho
da AJOTE (Associação Joinvilense de Teatro, aqui). A entidade é uma referência no trabalho associativo da
classe artística local. Por isso, tentei fomentar o debate sobre o evento
#Ocupacidadela e o Manifesto do Cena 11 (aqui).
Espero que o debate seja entendido como algo
político e não seja levado para “picuinhas” e afins.
Lendo a coluna Orelhada (06/02)
fiquei meio de cara com a notícia:
“Ainda não é a colheita dos frutos, mas pode-se dizer que as
sementes começaram a germinar. É que foram bem satisfatórias os encontros dos
líderes da Associação Joinvilense de Teatro (Ajote) com vereadores, Fundação
Cultural e Convention Bureau, agendados com base no manifesto em prol da
cultura joinvilense divulgado em dezembro. Na reunião com a FCJ, o presidente
Rodrigo Coelho informou que está sendo preparada uma cartilha que incentivará
as empresas locais a se voltarem aos produtores por meio da Lei Rouanet. O
mesmo se deu na Câmara, onde o vereador Fábio Dalonso sugeriu uma moção, a ser
entregue a CDL, Ajorpeme e Acij, pedindo aos associados destas entidades que
olhem com carinho a arte feita em Joinville. Aliás, reuniões com essas siglas
também estando sendo agilizadas. Já o Convention Bureau se comprometeu a
reforçar a inclusão dos eventos culturais no aplicativo Visit Joinville, mais
voltado aos turistas, mas um bom canal de consulta para qualquer cidadão.
- Avaliamos que nosso manifesto tenha ajudado essas ações a começarem a sair do papel – diz Cassio Correia, presidente da Ajote, lembrando que a força-tarefa não é somente pelo teatro, mas representa coletivos de todas as áreas da cultura joinvilense.”
- Avaliamos que nosso manifesto tenha ajudado essas ações a começarem a sair do papel – diz Cassio Correia, presidente da Ajote, lembrando que a força-tarefa não é somente pelo teatro, mas representa coletivos de todas as áreas da cultura joinvilense.”
Na minha timeline encontrei vários comentários elogiosos para
ação do vereador Fábio Dalonso, o defensor da ditadura (quem acompanhou o
debate sobre a Comissão Municipal da Verdade está por dentro.), e do Piu-Piu,
presidente da Fundação de Entretenimento de Joinville.
A abertura da classe empresarial para “incentivar” a produção
teatral local por meio da isenção fiscal é a saída para alimentação de uma cena
teatral local?
A ação que saiu do papel é o mesmo que já rola no Brasil! Então, eu pensei que a reivindicação era por políticas públicas.
Ninguém lembrou o quanto o modelo da Lei Rouanet é perverso e
censura produções experimentais, questionadoras e que tocam com os dez dedos
nas feridas?
É hora de “humanizar” o capital da elite joinvilense?
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