Na minha adolescência, um homem negro atrás das grandes do sistema penitenciário americano me abriu os olhos para outra questão dos direitos humanos. O nome dele é Mumia Abu - Jamal, que baseado em argumentos racistas e políticos foi colocado no temido corredor da morte nos EUA.
Na época pré-internet, as notícias do caso Mumia chegavam por meio de zines, artigos perdidos em revistas de esquerda e discos de bandas punks. É muito louco de pensar que no meio da década de 1990, sem uma vivência política organizada, num pequeno grupo de adolescentes circulavam informações sobre Mumia. Toda a luta pela sua libertação foi fundamental para modificar o meu olhar sobre o sistema penitenciário, pois no lugar onde morava corria um ódio doentio para qualquer "vagabundo" que estivesse atrás das grades.
15 anos depois, fico por longos minutos observando a fotografia atual de Mumia Abu-Jamal, que ao lado de duas lutadoras por sua liberdade, expressa um sorriso libertador.
Leia um relato sobre o momento da foto, aqui.
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